ALEGRIA OU ANESTESIA?
O que diferencia a alegria genuína do simples entretenimento?Você já vivenciou situações quem que se divertiu muito, riu muito e depois que passou esse estado de êxtase ficou deprimido? Em maior ou menor grau, a maioria de nós já passou por isso.
O que me dizem: “Eu fico tão bem entre as pessoas quando saio, vou a festas e encontro com pessoas. Sempre me divirto muito. Encontro pessoas felizes e fico feliz também. No dia seguinte, ou quando me encontro sozinha, eu não consigo ficar feliz. Sinto-me vazia, não gosto de estar sozinha, não fico feliz sozinha. Quando estou sozinha não fico bem.”
Se você passa ou já passou por isso, uma dificuldade em ficar sozinha e bem, ATENÇÂO! Esse texto é pra você!Se você precisa de situações externas para se sentir bem, você realmente não está feliz.
Não é que você seja assim. Você no momento está assim.
Se você precisa de outras pessoas e coisas para ser feliz, talvez seja o momento de parar tudo e se dar um tempo para pensar. Geralmente essas coisas e pessoas funcionam para nós como anestesias contra as nossas tristezas.O poder que nos criou nos deu todas as possibilidades de sermos realmente felizes. Se não somos, algo está em desequilíbrio na nossa vida.
A alegria é muito diferente disso.
Pessoas alegres o são, sobretudo quando estão sozinhas. Recarregam suas forças por si mesmas. Não precisam sugar as energias de alguém ou das coisas. Como diria minha Grande mestra, Luciana Fiel: ” A vida é carreira solo!”A alegria vem de dentro. Do autoconhecimento, do prazer em estar consigo mesmo, do prazer em si autodesenvolver.
Não sou de forma alguma contra o entretenimento, shows, encontros com os amigos, compras, etc. Muito pelo contrário, eu gosto muito disso tudo.
O problema, para mim, está em se utilizar dessas coisas e situações como forma de mascarar e silenciar uma parte de nós que pede por atenção.Encontrar essa resposta nem sempre é fácil: Você precisa silenciar a sua mente e ouvir seus próprios sentimentos, prestar atenção em suas emoções, olhar pra dentro. É por isso que nas terapias trabalhamos muito o autoconhecimento e a autoestima.
Entrar num círculo vicioso em que você só se sente bem com estímulos externos, vai te fazer perder toda a sua energia e a dos outros, seu dinheiro e, pior do que isso vai perder a chance de ouvir a si mesmo. Perceber o que realmente te faz feliz.
Será que você já parou um tempinho pra cuidar de você? Ouvir seu coração, tentar entender seus sentimentos, perceber qual é a sua real necessidade?
Ao contrário dessa alegria mascarada, a alegria genuína consegue perceber os mínimos prazeres.
É um se alegrar com uma brisa fresquinha que entra pela janela. É a gratidão que invade sua alma ao perceber tudo o que você tem de bom, um cheiro gostoso do almoço sendo servido, uma música que você ouve e te desperta emoções, a alegria de poder fazer uma caminhada, ler um livro, deitar numa cama quentinha…. Essa é a verdadeira alegria. Não depende de nada exterior. É a pura alegria pela gratidão pelas sensações que vivencia…
Sou totalmente a favor da diversão também. Vivemos em sociedade. Relações interpessoais fazem parte do nosso crescimento enquanto ser humano.
Entretanto, mais felizes serão nossos encontros com outras pessoas quanto mais alegres somos conosco mesmos.
Pessoas felizes não se encontram porque dependem disso para estarem bem. Encontram-se por prazer. Elas realmente querem ( mas, não precisam) estar ali.
Encontro de pessoas genuinamente alegres, é um misto de doação de amor, ao passo que pessoas que não estão realmente felizes precisam, não doam, apenas sugam a alegria dos demais.
Perde um. Perde o outro.
Por isso, se você está num momento da sua vida, (e eu já tive alguns) em que precisa estar com alguém para ser feliz, cuidado: está na hora de parar para ver a causa disso. O que em sua própria companhia o incomoda?
Cuidar de você é um ato de amor. Você deve ser a sua melhor companhia.
Vamos fazer um exercício em 3 passos?
- Quais as qualidades que você deseja encontrar no outro para que ele te faça feliz?
- Faça uma listinha.
- Agora é simples: procure trabalhar essas características em VOCÊ mesmo!
Isso mesmo. Trabalhe e construa em si mesmo o que você busca no outro.
O que você vai aprender com isso?
Você vai aprender a se amar. Vai gostar tanto da sua própria companhia que estar com outras pessoas será uma questão de escolha e não uma necessidade.
Você vai se tornar uma pessoa com a qual as pessoas gostam de se relacionar. Vai ter coisas interessantes para compartilhar! Vai escolher ficar perto das pessoas que realmente ama. Não vai aceitar companhias com as quais tem pouco grau de afinidade só pela necessidade de estar com alguém.
Mas, o mais importante disso tudo: você terá muita autoestima e ALEGRIA genuína! Você será uma pessoa feliz!
Imagens: Pixabay
2 Comments
Myrna
Tati! Que reflexão! Eu já me vi nessas situações e me vejo ainda, às vezes. Mas acho que com o passar dos anos e com o ganho de experiências, estou aprendendo a conviver mais feliz comigo mesma. Acho que envelhecer está me fazendo bem! (Graças a Deus né rsrs).
Tatiane
Verdade! Acho que os anos passam e os nossos aprendizados aumentam!
Os benefícios da idade! Kkk