Escola e Família: Uma Parceria Fundamental na Educação

Segundo Parolin (2003, p.99), tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo. Por um lado, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que se aproximam dessa instituição.

Por outro, a escola tem sua metodologia e filosofia.  Essas duas instituições necessitam uma da outra para concretizar seu processo educativo.

Uma das principais funções da família é a função educacional e, que esta é a responsável por transmitir à criança os valores e os padrões culturais no meio social em que está inserido. Embora as famílias coloquem as crianças cada vez mais cedo em instituições escolares, a
família é fundamental para os alunos desenvolverem o “querer aprender”.

É um  grande desafio para as escolas, “[…] conseguir a adesão da família para sua tarefa de desenvolver nos educandos atitudes positivas e duradouras com relação ao aprender e ao estudar” (Paro, 2001, p. 66). Esse deve ser o objetivo das instituições que têm o compromisso com o processo educacional dos sujeitos inseridos nas suas práticas educativas: demonstrar para as famílias que elas podem e devem participar da vida escolar das crianças e adolescentes. Não se trata de transferir aos pais a tarefa da escola, mas sim conscientizá-los de que são uma extensão da função educativa da escola. É preciso levar os pais para a
escola e desafiá-los a se envolverem em atividades que muitas vezes não estão ou não podem estar tão comprometidos.

Para que a parceria entre a escola e família seja positiva, é necessário que a escola conheça as
famílias de seus alunos e trace estratégias para criar aproximação e estimular a família a
ser um apoio no desenvolvimento global do aluno.

Em uma gestão que visa ser democrática, a escola deve acolher e ouvir todos os
envolvidos. A escola sendo uma instituição de caráter formador de indivíduos autônomos
deve adotar mecanismos que proporcionem a participação efetiva da família no
desenvolvimento global do aluno.

É por meio da família e da escola que a criança vai construindo seu caráter, se socializando
e se educando para enfrentar a realidade e as dificuldades na sociedade, tornando-se mais
consciente, autônoma e crítica. Segundo tiba (2006), a força dos pais está em transmitir aos
filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e
assim por diante. Se a escola não conta com esse limite oferecido no lar, fica bem mais
difícil o seu trabalho, pois não terá apoio nenhum no que se refere a limites.

Segundo a autora Szymanski (2001, p. 75), “Uma condição importante nas relações entre
família e escola, é a criação de um clima de respeito mútuo […] tendo claramente delimitado
os âmbitos de atuação de cada um”.

Escola e família tem muito a contribuir para o desenvolvimento das crianças para a interação e a troca de saberes e valores que proporcionam qualidade de ensino e de aprendizagem.

Segundo Cardoso (20090, os pais devem desempenhar uma posição de supervisores da
proposta pedagógica da escola e colaborar com ações que promovam a parceria
família-escola. Para a escola é importante o apoio da família, pois os pais cooperativos
ajudarão a estimular na criança o desejo pela aprendizagem. É importante que a família
acompanhe os resultados obtidos na escola e incentive os alunos, independente das
condições sociais e econômicas.  Se os pais têm altas expectativas e incentivam os filhos quanto ao que será capaz de alcançar no futuro, eles obtêm melhores resultados.

A participação efetiva da família na escola possibilita realizar estudos sobre o contexto
familiar e, assim, buscar compreender quais as expectativas das famílias em relação à
escola, o que pensam sobre a importância de um bom ensino e de uma aprendizagem
eficaz.

Finalmente, o objetivo deste texto foi demonstrar que tanto a escola quanto a família podem promover atitudes importantes para que o processo de ensino e aprendizagem das crianças e adolescentes, centro dessa relação, seja sempre respeitado e potencializado.