Como a Disciplina Positiva nos ensina a lidar com a criança
É comum que em algum momento da vida os pais tenham se perguntado: Como lidar com a pirraça do meu filho? Onde estou errando? Por que meu filho não me respeita? O que devo fazer?
Ser mãe e pai é maravilhoso, porém essas funções vêm carregadas de muitas responsabilidades, pois estes pequenos seres humanos necessitam de ser educados, orientados, ensinados, para se tornarem, no futuro, pessoas empáticas, confiantes, resilientes e responsáveis.
Ao longo deste texto vou compartilhar com você uma nova filosofia de educação chamada Disciplina Positiva. Como citado no meu descritivo, sou mãe de 3 princesas e estejam certos, que todas as perguntas elencadas acima já me fiz em algum momento da minha trajetória como mãe. Conhecer a Disciplina Positiva fez muito sentido para mim, primeiramente como mãe e depois como profissional, já que dentro da Psicopedagogia também foco na Orientação Familiar.
Se você ficou interessado em conhecer um pouco mais sobre esta nova abordagem, convido você a fazer uma desconstrução de tudo que você entende sobre educação de filhos até o momento.
Diante disto, você pode estar, nesse momento, se questionando:
Que tipo de filosofia seria essa?
Será algo em que a criança pode fazer tudo?
É uma educação baseada na punição?
Antes de conhecer a Disciplina Positiva é comum fazer esta leitura, mas na verdade trata-se de uma abordagem socioemocional que tem como objetivo preparar o seu filho para a vida, bem como desenvolver relacionamentos respeitosos entre pais e filhos.
A Disciplina Positiva foi estruturada pela Dra. Jane Nelsen na década de 1980 e teve como base a teoria de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs, psiquiatras austríacos. A partir destes estudos inicia-se um novo conceito de educação fundamentada na firmeza e na gentileza, ou seja, no respeito mútuo e cooperação. Tal movimento encontra-se na contramão das posturas de autoritarismo e permissividade.
Em seu livro, Disciplina Positiva, Jane Nelsen levanta quatro características que devem ser considerados nesta abordagem e que nos ajuda em vários momentos, inclusive naqueles de pirraça, são eles:
- É gentil e firme ao mesmo tempo (respeitoso e encorajador).
- Ajuda as crianças a sentirem um senso de pertencimento e significância (conexão).
- É eficaz em longo prazo (punição funciona em curto prazo, mas tem resultados negativos em longo prazo).
- Ensina valiosas habilidades sociais e de vida para o desenvolvimento do caráter (respeito, preocupação com os outros, resolução de problemas, responsabilidade, contribuição, cooperação).
Vale destacar que a punição não atende nenhum destes critérios.
Já que você veio até aqui te convido a fazer uma reflexão sobre possíveis dificuldades que podem ser tratadas com a Disciplina Positiva, ajudando-o a atuar efetivamente com uma postura firme e gentil ao mesmo tempo.
Como reajo quando meu filho faz uma pirraça?
Reservo um momento do meu dia para brincar com meu filho?
Se desejo que meu filho controle seu comportamento, será que tenho conseguido controlar o meu, enquanto pai/mãe?
Inteligência emocional, conheço e aplico esse conceito?
Muitas são as reflexões, porém é importante deixar claro que implementar esta abordagem é totalmente possível e já traz resultados a partir da aplicação de pequenas ações e/ou mudanças de comportamentos.
No meu próximo texto trarei algumas dicas práticas de como ser firme e gentil com seu filho baseada na metodologia de Jane Nelsen.
“Por trás de um mau comportamento há uma necessidade não atendida.” – Marshall Rosenberg.
Fonte: NELSEN, Jane. Disciplina Positiva. 3° Edição. Editora Manole, 2016.
One Comment
Stela Toledo
Amei sua postagem. Li e reli o livro da Disciplina Positiva, muito bom e tbem procuro orientar os pais dos meus aprendentes nessa perpectiva, como educar com maestria.
Parabéns pelo conteúdo esplanado.
Stela
Psicopedagoga