MINIMALISMO: A ARTE DE SABER QUE MENOS É MAIS

“O necessário, somente o necessário.” É o que diz o poeta.
MINIMALISMO TATIANE CASTRO O minimalismo consiste em viver com pouco, somente o necessário. Um movimento que vai de encontro a esse consumismo exagerado no qual vivemos.

Enquanto indivíduo, talvez até seja fácil entrar nessa. Enquanto pais, encontramos um pouco mais de dificuldade, haja vista a quantidade imensa de estímulos ao consumo.

Mas, antes de tudo, uma reflexão se faz importante: Onde começa o minimalismo?

Entendo da seguinte forma, o minimalismo não é uma moda, é um estilo de vida. Você não deve entrar nessa porque todos estão fazendo e tem muitos vídeos no youtube.

Em princípio, aliás, acredito que você nem deva pensar em minimalismo.

O que é importante: comece a pensar em você. Isso mesmo. Reflita sobre a sua vida. Minimalismo, da forma como eu entendo, deve ser resultado de autoconhecimento e não de convencimento midiático. A motivação vem de dentro, não de fora.

Conheço pessoas de todas as idades que são muito felizes na vida toda assumindo essa postura. Desde sempre. minimalismo tatiane castro Eu sempre busquei autoconhecimento. Nos últimos tempos tenho buscado ainda mais, não só como meio de ajudar meus clientes mas, primeiramente, para mim mesma. Sempre me questionando.

Depois que passamos a meditar, a olhar mais pra dentro, a conhecer nossas reais necessidades, muitas coisas tornam-se desnecessárias em nossas vidas.

De repente, com a expansão da consciência, conhecendo as coisas que realmente te dão prazer e encontrando a felicidade nessas coisas que são, na maioria das vezes, de graça, como o contato com a natureza, passar um tempo com os filhos, preparar um almoço gostoso ouvindo uma música que gosta, tudo isso começa a ocupar tanto o nosso tempo, começamos a gastar tanto tempo sendo felizes que, na verdade, as coisas em excesso passam a ser cargas pesadas, fardos inconvenientes que ocupam espaço em nossa casa e não nos trazem alegria.

Um bom livro que li a respeito de organização é “A Arte da Arrumação”. Nele a autora Mary Kondo ensina o seu método de arrumação, com o qual eu concordo muito, que ensina que devemos ter e manter em nossa vida apenas aquilo que nos faz feliz. A mágica da arrumação_tatiane castro Isso é uma verdade pra mim: Devemos usar as coisas e não o contrário.

Perder tempo e esforço para arrumar e limpar coisas que acumulamos, empilhar, se esforçar para arranjar espaço para cada coisa… Isso tem lógica se essas coisas não nos fazem felizes?

No movimento de expansão da consciência (que vem antes de qualquer modismo), fortemente ajudada pela meditação, leitura de livros de grandes mestres, vemos que a coisa que mais importa nesse processo é o ato de olhar pra dentro.

Faça um exercício: Feche os olhos, respire bem fundo e tente se lembrar do dia mais feliz da sua vida. De que você se lembra?

Você se lembra de uma coisa? Se lembra de uma atitude? De uma pessoa?

Pois bem: Isso aí, na sua lembrança, que fez você dar um sorriso, é o que te faz feliz. Tenha sempre isso a sua volta. Seja rodeado de coisas que te fazem feliz.

Você vai perceber que vai reduzir bastante a quantidade de coisas que realmente quer ter. Adeus trambolhos, tralhas e afins!

O minimalismo não começa numa faxina nos armários. Ele começa com uma faxina na mente. Você se desfazer das coisas será apenas consequência.Trabalhe seu autoconhecimento e expansão da consciência e só isso. Nenhum esforço a mais será preciso. Assim que você souber o que te faz feliz não vai querer não ser e, gastando seu tempo sendo feliz, certamente não vai sobrar tempo e interesse para cuidar de coisas que não contribuem pra essa felicidade. Vai querer apenas o necessário pra continuar sendo feliz.