Maternidade e Educação

COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA (CNV): COMO QUE ELA PODE AJUDAR SEU RELACIONAMENTO COM SUA CRIANÇA

Concebida pelo psicólogo clínico Marshall Rosenberg, a Comunicação Não-violenta (CNV) tem o objetivo de criar relacionamento interpessoais baseados em respeito mútuo, compaixão e cooperação.

É um método que busca estabelecer uma maneira de ver as relações interpessoais com empatia, usando uma linguagem sem julgamento e baseada em necessidades, sentimentos e pedidos sinceros, uma fala de coração para coração.

“Quando nos entregamos de coração, nossos atos brotam da alegria que surge e resplandece sempre que enriquecemos de boa vontade de vida de outra pessoa.” (Marshal Rosemberg)

Para chegarmos a essa entrega de peito aberto precisamos observar o que está acontecendo. Observar o fato sem tirar conclusões. Em seguida, identificar como nos sentimos com relação a ele: magoados, assustados, irritados, etc. Em terceiro lugar, reconhecer quais necessidades que nos fizeram sentir daquela maneira. E por último, pedimos uma mudança de comportamento para atender nossas necessidades.

Vamos imaginar uma situação do cotidiano. Seu filho deixa tudo espalhado pela casa: toalha molhada no banheiro, roupa suja fora do cesto, meia na sala, quarto bagunçado… Você diante desse cenário, explode:

-Não aguento mais essa desorganização!  Tudo fora do lugar! Olha esse quarto parece um chiqueiro. Quero tudo arrumado!

Agora! Pronto, instalou-se uma situação desagradável entre vocês.

Um pedido não violento seria:

-Meu filho,  quando vejo a casa desorganizada fico irritada, porque eu preciso de um mínimo de organização e ordem no nosso lar para me sentir confortável, por favor me ajuda procurando ser mais organizado (explicando como deseja que ele seja organizado).

Agindo dessa maneira estamos exercitando a compaixão, não o ataque violento.

Escutar com empatia é fundamental para que o vínculo empático seja estabelecido pela comunicação. Empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo, é se colocar no lugar do outro. CUIDADO! Na maioria das vezes nos preocupamos em dar conselhos, encorajar, ensinar ou contar nossas experiências sem perceber que, na verdade, não se trata de nós e sim do outro. PRESTEM ATENÇÃO! Como somos pais, queremos proteger nossos filhos, e aquela má impressão de que sabemos de tudo, pode desativar a escuta empática com nossos filhos.

Precisamos esvaziar a mente e estar ali pelo outro, para ajudar o outro tentando identificar suas necessidades e sentimentos, oferecendo compaixão e acolhimento.

Passe a avaliar suas ações com base nos seus valores e necessidades, ao invés de “porque tenho que fazer” ou de sentimentos como culpa e vergonha, olhe para dentro e se perdoe, perceba que você é HUMANO.

A linguagem da compaixão é o melhor caminho para ter um bom relacionamento no mundo e principalmente dentro de casa. E ela começa no nosso relacionamento com nós mesmos.

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