Especial: Ter um filho muda toda a família. Por Thainara Castro
Oi, pessoal,
Quando temos um filho nossa vida muda completamente. disso todo mundo sabe. O que não imaginamos é o quanto essa chegada afeta a vida das outras pessoas da nossa família.
Então, para mostrar isso pra vocês, o post de hoje é um texto feito pela minha irmã, Thainara. Vocês vão se apaixonar!
“Um dia minha irmã me deu um presente. Não foi pensando em mim, claro, que ela trouxe o João ao mundo. Tia de primeira viagem, não levava o menor jeito pra segurar aquele serzinho minúsculo. Eu fiquei pra titia e foi a melhor coisa que me aconteceu nesses 25 anos de idade.Tudo ficou mais bonito, mais intenso e com cheirinho de neném.
Os brinquedos jogados pela casa, nós todos sussurrando pra não acordá-lo e morrendo de rir com os sons e gargalhada mais gostosos do mundo. Desde o primeiro segundo de vida João Pedro mudou tudo na nossa casa e nas nossas vidas e nos nossos corações. A vinda de João ao mundo foi um divisor de águas, abandonamos nossa vida velha e nascemos com ele pra melhor vida de todas: a vida em que ele existe.
Achei que nada poderia melhorar. Então minha irmã me deu outro presente: o Lucas. Como em um passe de mágica (parece mágica, mas foi obra divina) meu coração completo do que João é, dobrou de tamanho e se renovou. Tinha mais cheiro de neném, mais brinquedos pela casa, mais sussurros, pirraças, fraldas e os vídeos insuportáveis de Xuxa só Para Baixinhos voltaram a ser tolerados, conheci a Peppa, voltei a cantar as mesmas músicas um bilhão de vezes e a ensinar as coreografias. O espaço no meu coração começou a existir junto com o Lucas, ele o ocupou e é impossível imaginar a vida sem ele.
Minha irmã, sem saber, me deu o melhor presente de todos: me fez Tia (e Madrinha). Todas as vezes que eles vão embora da minha casa, eles deixam rastros, cheiros, marcas e lembranças infinitamente felizes. Todas as vezes que eu vou embora, eles deixam em mim a vontade de voltar. Eu sempre volto.
Ser tia é brincar de Lego, de massinha, de corrida, de lutinha, de videogame, de carrinho, de quebra cabeça, de avião, de super-herói, é ter que nos adaptar a um monte de jogos que na nossa infância sequer imaginávamos que um dia existiria (às vezes a gente não se adapta). É deixar de sair na sexta e no sábado pra ficar em casa comendo pipoca, não entrar no sono profundo com medo de rolar em cima do bebê na nossa cama de solteiro. Ter que acordar às 6:00 com o sol na nossa cara amassada, a frase “madrinha, já tá de dia” e ter que fazer brotar ânimo da nossa falta de costume de acordar nesse horário. É dar bronca e sair de perto pra não rir da reação ou rir ali mesmo e deixar claro que, às vezes, com a gente não é tão sério.É dar asas aos nossos adormecidos desejos infantis.
Ser tia é não levar jeito, mas se esforçar pra ser. É não precisar ter tanta responsabilidade assim, mas querer ter. É saber que aquelas vidinhas maravilhosas não nos pertencem, mas nós pertencemos a elas. É ficar feliz com cada passo e querer sempre caminhar junto.”
Ai, gente… Não é de se emocionar?! Me conta o que vocês acharam! Beijos, muita luz e até o próximo post!
4 Comments
Kátia Mendes
Ah gente, ela é linda! Ser tia é isso tudo aí mesmo. É amar como se fossem só nossos. Lucas e João Pedro são duas crianças cativantes e que me assustam quando fico algumas semanas sem vê-los. Cada dia mais espertos!
Parabéns e obrigada por trazer esses textos com tanto amor!
Tatiane
Obrigada, Kátia. Essa família é mesmo maravilhosa! Pode deixar que vem mais textos por aí!
Andrea Cândido
O mor mora nela… Ela é um amor!!! Quanta verdade nestas linhas… Me emocionei aqui! Gosto tanto da Thainara!!! Lindo texto!!! Amo ser tia!!!
Beijos
Tatiane
Verdade, Andrea. ❤❤.É um amor mesmo!