Respeito é bom e criança também gosta!
Olá, pessoal!
Se vocês já acompanham o blog, devem ter percebido que eu acredito em educação só quando existe respeito.
Os pais querem muito ser respeitados pelos filhos. Mas, Será que estamos sendo respeitosos com nossas crianças?
É muito cômodo chamar o choro incontido de manha, pirraça, birra, porque nesse caso, não temos que fazer nada, é só “esperar passar”.
Engraçado é que, quanto mais cansados e estressados os pais estão, mais “birra” a criança faz. Por que será?
Simplesmente falar a palavra respeito é muito fácil. Mas eu vou dar aqui hoje, apenas três exemplos de falta de respeito que são praticadas o tempo todo e apenas uma solução pra resolver, ou pelo menos ajudar a refletir sobre todas elas.
Vocês sabem que eu sou educadora e poderia escrever uma série de explicações teóricas e usar todo o conhecimento adquirido ao longo de anos de estudo e trabalho em educação pra falar sobre o tema. Mas, a minha intenção aqui não é essa, é apenas mostrar pra vocês, em três exemplos corriqueiros, que os adultos ainda precisam refletir muito sobre o respeito com relação às crianças, para então poderem esperar o mesmo delas.
Acredito de verdade que as mudanças de comportamento passam primeiramente por essa reflexão. Eu mesma, que sou educadora, já mudei algumas vezes minhas atitudes com relação aos meus filhos. Eu acredito mesmo que a vida é assim. A gente sempre vai aprendendo coisas novas e escolhendo o que acha mais certo e de acordo com nossos valores. O que não pode é se fechar a novos conhecimentos.
Aprendemos coisas novas a vida toda.
1ª situação: não ouvir.
Fale a verdade: você realmente ouve seus filhos da mesma forma que você ouve um adulto?
A resposta da maioria é não. As pessoas têm a mania de não valorizar o que as crianças dizem.
É bom saber que a criança acredita em você. Uma criança conhece pouco do mundo ainda. É você que deve mostrar tudo a ela. A vida das crianças é recheada de descobertas e ela aprende com os adultos. Se você ignora as crianças quando elas querem conversar, ela aprende com você que não precisa ouvir e nem dar atenção às pessoas ou, pior ainda, ela aprende de outras formas.
2º situação: humilhação pública.
Se você faz algo que não agrada alguém (e todo mundo faz, não importa a idade), como você acha que as pessoas devem te repreender?
Você gostaria de ouvir gritos na frente de outras pessoas, ser chamado de lerdo, de ouvir que não aprende, ou mesmo de levar uma palmada? Claro que não!
Gente, isso é incrível! Por que será que alguém acha que pode gritar, responder com grosseria e até bater em uma criança em público? Você se sentiria humilhado, não?!
Já presenciei isso em festas, em reuniões pequenas, na rua, em tudo quanto é lugar com mais pessoas. Será mesmo que as outras pessoas precisam assistir você “educando” seu filho? Será que você quer educar o seu filho para que ele aprenda, ou quer mostrar pras pessoas que você o “educa”? Você que repreender ou expor?
Tem gente que esquece, mas criança também é uma pessoa. Vamos pensar um pouquinho sobre isso, heim!
3º situação: não acolher/apoiar.
Todas as pessoas têm necessidades. Algumas dessas necessidades são evidentes: cuidados com a higiene, saúde, alimentação, agasalho, etc.
Mas, existem algumas necessidades que precisam da nossa atenção, do nosso olhar e escuta atentos. Isso é mais trabalhoso do que só dar banho, trocar a fralda, colocar pra dormir.
Muitas vezes nós precisamos tentar compreender, conversar, abraçar, falar que ama.
Se você percebe que um adulto próximo está chateado você certamente vai querer saber em que pode ajudar, ou simplesmente apoiá-lo, pra ele saber que pode contar com você.
Às vezes, as crianças também se sentem assim, tudo que elas precisam é nosso apoio, nosso acolhimento e nosso amor. Muitas crianças são negligenciadas nesse aspecto.
Tenho certeza de que você pode visualizar essas três situações. São muitas, mas escolhi falar dessas três porque são muito corriqueiras.
Todas essas situações poderiam ser evitadas se nesse momento, você estivesse exercitando um dos valores que eu acredito ser o que mais enriquece as relações: A EMPATIA!
Isso mesmo, gente. Empatia é se colocar no lugar do outro. Eu sei que às vezes fazemos as coisas no automático, mas exercitar a empatia é fundamental para ter sucesso em todas as relações.
Antes de tomar qualquer dessas atitudes e todas as demais que tomamos em relação às nossas crianças, vamos parar e pensar um pouquinho:
Como eu gostaria de ser tratado se estivesse no lugar dessa criança?
É um segundinho do seu tempo que provavelmente vai mudar a forma como você lida com muitas coisas em sua vida.
Vamos refletir, gente. As crianças aprendem com nossas atitudes. Somos seus exemplos. E se elas não tiverem amor e empatia, não poderão dar isso também.
O que vocês acham disso? Estão exercitando a empatia? Me contem nos comentários.
Um beijo grande, muita luz e até o próximo post!