
VIVER É MELHOR QUE SONHAR! TALVEZ VOCÊ NÃO LEIA ISSO, MAS ACREDITE EM MIM. VOCÊ PRECISA.
Hoje estou aqui pra pensarmos juntos. Existe um problema recorrente que ouço quando oriento profissionais de Psicopedagogia e Neuropsicopedagogia: Quando eles veem a carreira de outras pessoas na internet, suas conquistas, se sentem atrasados e paralisados na vida por não conseguirem ter o mesmo desempenho, os mesmos resultados.
Para além da óbvia influência das redes sociais na nossa percepção da realidade, vejo que existem outras camadas dessa ardida cebola a serem descascadas (e nem falarei de todas aqui).
Em primeiro lugar, SIM! As redes sociais realmente afetam a nossa percepção da realidade, principalmente quando damos a ela a maior parte do nosso tempo, e, por isso, ao darmos essa importância e relevância aos conteúdos digitais, sobretudo os rápidos e superficiais, passamos a enxergar apenas esse recorte da vida e, assim, temos a impressão de que essa é a realidade, pois acreditamos que a realidade é aquilo que vemos. O real é o que está diante dos nossos olhos.
Lembra dos seus sonhos. Quando você sonha, mesmo que seja a coisa mais absurda, o que acontece, para você, é real. Não importa se o perigo se trata de um coelho gigante assassino com cenouras cortantes. No seu sonho isso não é somente uma fantasia, é a realidade. É tudo o que você vê.
A pergunta é: Para que pessoas adultas têm que dar tanto do seu tempo para as redes sociais como consumidoras em vez de viverem mais tempo focadas na vida real?
Quando ficamos de olho em milhares de pessoas fazendo milhares de coisas melhores que nós, realmente vamos nos comparar e achar que estamos sempre atrasados, fazendo comparações externas em vez de avaliar nossa evolução, que é o que realmente importa, ou pelo menos deveria.
Se passamos boa parte do nosso tempo assistindo essas milhares de referências de “sucesso” cada uma seguindo um caminho diferente, passo a ver cada um desses caminhos como uma possibilidade e, diante das milhares possibilidades, entra o paradoxo da escolha, que torna mais difícil a ação quando se tem muitas opções. Assim, paralisamos diante de cada possibilidade sem fazer nada – me diga se você já não perdeu mais do que o tempo de um filme procurando algo para assistir na netflix.
Aí é aquele círculo vicioso: não agimos, não melhoramos, olhamos para o coleguinha na rede social, nos sentimos mal, pensamos no que fazer, não fazemos nada e assim o tempo passa e não avançamos nada, ficando realmente para trás, nos comparando com alguém que está diariamente em ação, crescendo um pouquinho a cada dia. Agora, nos sentimos atrasados na vida e impotentes, porque olhamos para os castelos dos outros e não para os tijolinhos que temos para construir o nosso a cada dia.
Outra questão: Será que nos comparar é mesmo tão ruim ou estamos muito frágeis emocionalmente?
Veja, quando eu estava começando eu não sabia falar para a câmera. Eu sei que ainda preciso melhorar muito nisso, mas sei também que já melhorei bastante em relação àquela época. Sabe porque eu sabia que precisava melhorar?
Eu via outras pessoas e me comparava a elas. Essas pessoas eram realmente muito melhores que eu. Vendo o vídeo delas e o comparando ao meu, claramente eu era muito pior. A comparação me deu esse senso de realidade.
Por isso mesmo eu via que tinha que melhorar e, vendo essas pessoas melhores do que eu, eu conseguia identificar as habilidades que eu precisava melhorar e ter referências de como fazer para ser melhor.
Como uma adulta responsável por mim, pela minha carreira e vida (é, infelizmente temos que lidar com essa triste realidade), eu não ficava mal porque tinha gente melhor que eu, eu ficava mal porque eu sabia que tinha o que falar e não conseguia fazer isso direito. EU REALMENTE ERA MUUUITO RUIM! Reconhecer isso não fácil, mas foi muito bom.
Sabendo disso, sabe o que eu fiz? Comprei livros, assisti pessoas falando, vi palestras e aulas no youtube, ouvi as pessoas que apontavam meus erros não como uma ofensa pessoal, mas como um ponto pra eu observar realmente se aquilo fazia sentido e se eu queria e ia fazer algo a respeito pra melhorar.
Eu não acho que a comparação é ruim. Eu acho que ruim é não agir. Mesmo quando estamos perdidas e não sabemos ao certo onde o caminho que pegamos vai dar, é importante estar em movimento. Afinal, ninguém sabe cem por cento qual é o caminho certo enquanto caminha, mas sabemos que não fazer nada é garantia de fracasso.
Coincidentemente, muitas pessoas que se percebem paralisadas, atrasadas na vida e perdidas quanto ao que fazer, estão dedicando grande parte dos seus dias a assistirem a vida dos outros , a se compararem e perceberem que não estão evoluindo e não fazendo nada de novo ou muito pouco.
Sabe de uma coisa: ficar parada em inércia muitas vezes é mais fácil do que enfrentar o desconforto de melhorar.
Na primeira opção, a culpa é dos outros. Na segunda, você assume a responsabilidade e age.
Agir também nos deixa fortes emocionalmente. Traz as coisas do plano mental para o plano da realidade, e como diz aquele ditado árabe: A realidade tem limites. A imaginação, não. E, viver com base apenas em nossa fantasia, imaginando o que fazer, como seria se fizesse isso ou aquilo, sem ter nada de concreto para embasar nossas decisões é, no mínimo, muito arriscado e, mais uma vez, paralisante.
A imaginação, nesse caso, nasce pequenininha e logo vira um monstro e, a possibilidade de errar, que é apenas consequência natural na vida de quem age e aprende, se torna a pior coisa do mundo. Te garanto: não é!
E, com isso, não estou dizendo que alguma coisa vai ser fácil. Mas, posso te garantir que no caminho da ação e do enfrentamento das suas dificuldades há muito mais chances de você ter realização.
Vou te contar uma coisa: pra você que fica aí, na frente do celular, a vida pode parecer que é o que você vê. Mas se tirar essa venda da sua frente, você vai começar a ver que existe muito mais vida a ser vivida.
Você vai errar. Vai pegar um caminho e depois querer mudar e seguir outro, vai tentar e falhar muitas vezes, vai acertar algumas. Mas, garanto, estará sempre um passo à frente, sempre mais sábio, sempre mais experiente.
Você vai aprender! Aprender traz alegria, melhora a autoestima e autoconfiança e, com isso, todo o resto.
E se aprende fazendo. Aprendizagem é um processo ativo. É quando você erra e baseado na concretude das suas ações e erros, que você pode fazer uma tentativa melhor. O erro é a bússola do aprendizado.
Como neurocientista eu poderia te dar muitas explicações para isso, mas, te convido a se lembrar das vezes que você tentou algo, errou, e tentou de novo e me responder: mesmo errando, como você se sentiu depois? Melhor ou pior do que você se sente cultivando essa coleção de imaginações e divagações sobre o que e como seria se você simplesmente fizesse algo.
Tente! Minha proposta para você aqui é: escolha as pessoas que te inspiram nas redes sociais e na internet de modo geral, analise o que pode aprender com elas e aja para melhorar suas habilidades, seus conhecimentos, suas relações, a forma como você ajuda as pessoas. Siga menos pessoas, é muito ruído. Pare de ver quem te deixa mal. Aliás, se você começar a agir na sua própria melhoria, não vai ter nem tempo pra isso e vai ser preenchida de si, dos seus objetivos, das suas conquistas. Não é maravilhoso?!
Faça, erre, pense, faça melhor, cometa erros mais sofisticados e assim, tenha ações baseadas em dados concretos e não em especulações.
Assuma as rédeas da sua vida. Você vai ser melhor, mais feliz e mais realizada. Felicidade vem mais do que fazemos do que daquilo imaginamos. Vamos dar às coisas as devidas proporções. Vamos dar tempo e espaço para as coisas na medida de sua importância.
Ah! Pode usar as redes, tá? Mas, só enquanto você estiver no controle! Eu já o perdi e tive recaídas várias vezes, porque o que parece fácil é muito tentador! Então, esse texto é uma série de conselhos para mim também.
Como diria Elis: Viver é melhor que sonhar! (Sim. Eu sei que é belchior, mas só escuto a voz dela na minha mente!)
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Com carinho,
Tati.
